Também não justifica dizer que todos os outros ciclistas se dopavam e Armstrong era o melhor mesmo assim. Honestamente, não sei. Porque nunca saberemos como se sairiam no Tour de France os atletas que não se dopavam e competiam em condições de inferioridade contra Armstrong. Existem, acreditem. Ele próprio admitiu na entrevista.
Também não justifica defende-lo porque ele superou um câncer. Superar uma doença não significa dar o direito de trapacear. Hugo Chávez, caso se cure do câncer, deve ser perdoado por todos os erros que cometeu? Verdade, Armstrong tem o mérito de ter fundado o Livestrong. Mas pense no exemplo dele ao usar substâncias proibidas? Eu, como atleta amador de pólo aquático no passado, via muitos amigos e adversários se doparem. É deprimente.
Armstrong poderia ter entrado para história como Pelé, Mohammad Ali, Roger Federer, Manuel Estiarte e Michael Jordan. Mas, no fim, será um dos maiores mentirosos de todos os tempos.
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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009 e comentarista do programa Globo News Em Pauta, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti, Furacão Sandy, Eleições Americanas e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios