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De Beirute a Nova York

Nem os morros do Rio explicam o que pode acontecer na Síria

no twitter @gugachacra

Por gustavochacra
Atualização:

Não há solução para a crise síria, suspensa ontem da Liga Árabe depois de não cumprir acordo para interromper a violência contra a oposição. A Síria é hoje o Líbano de 1975, o Iraque de 2003. Não tem mais volta. O regime não derrotará a oposição no curto prazo e muito menos os opositores ameaçarão o regime. Teremos um conflito civil de baixa intensidade, hoje restrito a Homs e algumas vilas na fronteira com a Turquia, por meses ou até mesmo anos.

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Dizem que os iranianos aconselharam os sírios a torturar, mas não matar, os opositores. Esta foi a bem sucedida estratégia de Teerã em 2009, assim como da Jordânia e da Argélia na atual Primavera Árabe. Mas, na Síria, não funciona. Os dois lados, governo e oposição, vão se matar. Não teremos democracia e nem estabilidade de um regime, como nas décadas anteriores.

Milícias são constituídas contra e a favor do regime. Os conflitos sectários se agravarão. Mulheres cristãs e alauítas serão estupradas por sunitas. Homens sunitas terão seus órgãos sexuais cortados, como já aconteceu. Assistam ao filme Incêndios, sobre a Guerra Civil Libanesa, para saber o restante. Também servem os israelenses, sobre o Líbano, Valsa com Bashir e Lebanon. Outra opção é o libanês West Beirut. Se não encontrarem, tentem O Poderoso Chefão.

Levando em conta os acontecimentos na Rocinha, Tropa de Elite 1 e 2 também ajudam a entender a Síria.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

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