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De Beirute a Nova York

A tristeza de ver o Líbano virar uma ilha

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Por gustavochacra
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O Líbano virou uma ilha. Verdade, se olharmos no mapa, o território libanês está no continente asiático. Mas, na prática, seria como se os libaneses estivessem cercados por mar por todos os lados sem ter para onde fugir. Nunca na história libanesa a situação foi tão dramática.

Se a guerra civil da Síria se expandir para Beirute e o aeroporto fechar, ou se Israel entrar em conflito armado contra o Hezbollah, como apostam muitos analistas, os libaneses não terão para onde fugir, diferentemente do que ocorria em cenários similares no passado.

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Nos anos 1970 e 80, durante a guerra civil do Líbano, ou no conflito de 2006 entre Israel e Hezbollah, mesmo quando o aeroporto de Beirute fechava, os libaneses possuíam a chance de se refugiar na Síria, usar o aeroporto de Damasco ou cruzar o território sírio por terra até a Jordânia e a Turquia. Outra opção era pegar um barco e ir para o Chipre, não muito distante, no Mediterrâneo.

Agora não existe mais a opção cipriota, que diante de sua crise não teria como receber refugiados libaneses, e tampouco a síria, em guerra. A israelense continua fechada. Os libaneses não tem para onde fugir se a frágil estabilidade do país entrar em colapso. Literalmente, o Líbano virou uma ilha entre o Mediterrâneo e a Ásia.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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