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De Beirute a Nova York

O que explica a força dos puristas Bernie Sanders e Ted Cruz?

O senador republicano Ted Cruz (Texas) e o senador democrata Bernie Sanders (Vermont) são os mais extremistas de seus respectivos partidos no Senado. Extremistas no sentido literal, por adotarem as posições na hora de votar mais extremas. No caso de Cruz, para o lado conservador. No de Sanders, para o lado liberal, no sentido de progressista usado nos EUA.

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Por gustavochacra
Atualização:

São ambos puristas, com convicções fortes. Pode-se concordar ou divergir deles. E, com as vitória de ontem em Wisconsin e o fortalecimento de ambas candidaturas, demonstram como muitos eleitores buscam, atualmente, candidatos ideologicamente puros. Moderados perderam força, diferentemente, por exemplo, de 2012, onde Barack Obama, centrista para padrões democratas, e Mitt Romney, centrista para padrões republicanos, disputaram a presidência. Na verdade, o mesmo vale para todas as eleições presidenciais desde 1992, sempre com moderados nos dois lados (Clinton-Bush, Clinton-Dole, Bush-Gore, Bush-Kerry, Obama-McCain).

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Claro, Cruz e Sanders não são favoritos para disputarem a Presidência pelos seus partidos. Donald Trump, com um perfil mais populista, lidera entre os republicanos. E, cada vez mais, cresce a possibilidade de uma convenção aberta do partido e a escolha de um outro nome, como o de Paul Ryan, presidente da Câmara dos Deputados e de perfil mais moderado. Hillary Clinton, entre os democratas e de posições centristas, deve ser a candidata.

Isso não impede, porém, de observarmos o fenômeno dos puristas Sanders e Cruz. Ambos divergem em absolutamente tudo e representam parcelas expressivas da sociedade americana que se sentem como o verdadeiro EUA.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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