PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

De Beirute a Nova York

Para conservadores republicanos, uma das raras qualidades de Obama é ser monoglota

 

Por gustavochacra
Atualização:

no twitter @gugachacra

PUBLICIDADE

Se tiver problemas para comentar, leia texto em laranja no final

Ser monoglota é um dos raros atributos de Barack Obama para muitos republicanos, que defenderam em debate ontem a transformação da língua inglesa na oficial dos EUA. Apesar de arranhar algumas palavra em indonésio (bahasa), o ocupante da Casa Branca consegue se expressar apenas em inglês. Seu espanhol não poderia sequer ser classificado como básico em uma escola de línguas.

Nas primárias republicanas, candidatos poliglotas e que viveram em outros países têm sido alvo de ataques justamente por possuírem estas características, em um contraste com o que acontece na maior parte dos outros países.

Fluente em chinês (mandarin), o ex-pré-candidato Jon Huntsman chegou a ser acusado por simpatizantes do libertário Ron Paul de servir aos "os interesses da China", onde foi embaixador, e não dos EUA. Comerciais mostraram de forma pejorativa imagens dele se expressando na língua dos rivais econômicos americanos.

Publicidade

Mitt Romney, favorito na disputa republicana, também sofreu ataques por ser fluente em outro idioma. A campanha de Newt Gingrich, um de seus mais fortes concorrentes, exibiu há pouco mais de uma semana uma propaganda com uma série de críticas ao ex-governador de Massachusetts que termina com a frase "e ele fala francês", como se isso fosse um defeito.

No passado, os EUA tiveram presidentes poliglotas. John Adams sabia grego, latim e hebraico. Thomas Jefferson lia em árabe. Uma série de ocupantes da Casa Branca conhecia outros idiomas no século 19.

Mais recentemente, nenhum presidente tinha a desenvoltura de Romney e Huntsman em outras línguas. Bill Clinton conseguia conversar em alemão, enquanto George W. Bush e Jimmy Carter eram capazes de se expressar, cometendo muitos erros gramaticais, em espanhol.

Obama, por sua vez, teve a oportunidade de aprender outros idiomas enquanto estudou na ciência política na Columbia e, posteriormente, na Escola de Direito de Harvard. Estas duas universidades oferecem dezenas de cursos de línguas estrangeiras que já estão incluídos na anuidade. Além disso, o presidente viveu em uma área porto-riquenha de Nova York, mas nem assim ele aprendeu espanhol.

_____________________

Publicidade

Muitos leitores estão com problemas para comentar. Estamos tentando resolver estas dificuldades técnicas o quanto antes. Tanto eu como o Ariel Palacios estamos dando início a esta nova era de comentários no Portal do Estadão. Por enquanto, vocês podem comentar através de um perfil no Facebook ou do email do Hotmail. O segundo caso facilita muito para quem não quiser se expor. Obviamente, o número de comentário diminuiu no novo sistema. Ao mesmo tempo, a qualidade dos debates melhorou. Os ataques anti-semitas e islamofóbicos praticamente desapareceram

Quem tiver problemas, por favor, me escreva nogchacra at hotmail.com. Também podem enviar comentários para este email que eu publico com o nome de vocês no espaço destinado ao meu comentário

Mais uma vez, desculpem os problemas

abs

Guga

Publicidade

______________________

Leiam ainda o blog Radar Global. Acompanhem também a página do Inter do Estadão no Facebook

Comentários islamofóbicos, anti-semitas e anti-árabes ou que coloquem um povo ou uma religião como superiores não serão publicados. Tampouco ataques entre leitores ou contra o blogueiro. Pessoas que insistirem em ataques pessoais não terão mais seus comentários publicados. Não é permitido postar vídeo. Todos os posts devem ter relação com algum dos temas acima. O blog está aberto a discussões educadas e com pontos de vista diferentes. Os comentários dos leitores não refletem a opinião do jornalista

O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

Publicidade

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.