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De Beirute a Nova York

Playoff, como nos EUA, é melhor do que pontos corridos

Como precisarei cobrir o jogo da seleção brasileira contra a Colômbia em Nova Jersey, falarei de futebol hoje.

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Por gustavochacra
Atualização:

No domingo, o Fluminense conquistou o Campeonato Brasileiro com três rodadas de antecipação ao derrotar o Palmeiras (meu time) diante de algumas milhares de pessoas no interior paulista. O sistema de pontos corridos fizeram justiça à melhor campanha do tricolor carioca. Mas quem se lembrará no futuro desta partida? Não teria sido mais marcante um jogo no Engenhão contra o Atlético-MG, Grêmio ou São Paulo?

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O Brasil, até uma década atrás, adotava o sistema mata-mata, ou playoff. O Fluminense conquistou seu primeiro brasileiro em uma final contra o Vasco para mais de cem mil pessoas no Maracanã.

Alguns jornalistas, porém, argumentaram que os campeonatos europeus, bem mais rentáveis, adotavam o sistema de pontos corridos e os brasileiros deveriam seguir na mesma linha.Segundo eles, não seria justo o oitavo colocado eliminar o primeiro em quartas de final, embora poucos levem em conta que o renascimento do Santos com Robinho e Diego ocorreu justamente ao derrotarem o São Paulo, líder do campeonato, no mata-mata em 2002.

Na minha avaliação, o ideal é o sistema de playoffs, que possui enorme sucesso nos EUA. E os campeonatos americanos, sejam eles de basquete, baseball ou futebol americano, são bem maiores do que os europeus de futebol. O Super Bowl e a World Series são fenômenos de marketing e de audiência. Na Europa, apenas a Champions League, que é mata-mata, chega perto.

O Brasil deveria repensar se o modelo europeu é mesmo o melhor. E não digo para copiarmos os americanos. Apenas devemos retornar às nossas origens que são de mata-mata, similares aos playoffs dos EUA. Coloque em uma semifinal o campeão do Primeiro Turno, o do Segundo e os dois times com melhor campanha.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009 e comentarista do programa Globo News Em Pauta, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti, Furacão Sandy, Eleições Americanas e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen.No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

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