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De Beirute a Nova York

Pode existir uma Mini-Síria no Mediterrâneo para alauítas e cristãos?

Caso os rebeldes avancem no futuro, tomando literalmente Damasco e Aleppo, além de quase todas as outras regiões da Síria, eles ainda enfrentarão muitas dificuldades para conquistar a faixa do Mediterrâneo onde estão Tartus e Latakia. Estas duas cidades, assim como a costa desde a fronteira do Líbano e suas montanhas, são um bastião pró-regime com uma expressiva população alauíta e cristã.

Por gustavochacra
Atualização:

Nos últimos meses, uma série de cristãos e alauítas tem ido para estas áreas, deixando Damasco e Aleppo. Com armas, e o apoio russo, iraniano e do Hezbollah, eles possuem a capacidade de, diante dos acontecimentos, construir um Estado na região, como era previsto no mandato francês. Seria o tão chamado Estado Alauíta, ou "Síria do Mediterrâneo".

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Certamente, lembraria um pouco o Líbano. Primeiro, pelo caráter sectário. Segundo, porque cristãos e alauítas costumam ter hábitos sociais mais liberais para a região. Terceiro, geograficamente, com praias e montanhas, lembraria o país dos cedros.

Ironicamente, assim como o Líbano e Israel, seria uma nação de minorias religiosas em um mundo árabe majoritariamente sunita. Mais interessante, é que minorias costumam se juntar. Será que, em muitos anos, veríamos uma aliança de Israel com a Síria do Mediterrâneo? Obviamente, tudo isso é apenas um exercício de pensamento meu e queria abrir para debates.

Tenho respondido pouco porque estou de férias do jornal, mas o blog segue trabalhando normalmente.

Obs. Estou de férias em São Paulo para o lançamento do meu livro Fazendo as Malas - A História de Jovens que contribuem com o Brasil a partir de suas experiências no exterior, com outros 16 autores. Leia mais aqui

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. Também é comentarista do programa Em Pauta, na Globo News. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

no twitter @gugachacra

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