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De Beirute a Nova York

Por que a Rússia defende Assad? Veja os 6 motivos

Por que a Síria é importante para a Rússia? Já escrevi no passado, mas volto a escrever hoje

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Por gustavochacra
Atualização:

1) Putin quer fortalecer a Rússia geopoliticamente como super potência, da mesma forma que nos tempos da União Soviética. A Síria é um dos palcos para atingir este objetivo

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2) O regime de Bashar al Assad, assim como o de seu pai Hafez, sempre foi cliente da Rússia, de quem compram armas. Foram aliados durante e depois da Guerra Fria

3) A Síria é zona de influência russa no Oriente Médio, assim como o Iraque é dos EUA e o Líbano, da França, por exemplo. Note que Putin não bate de frente com os americanos em questões como o conflito Israel-Palestina e não se envolve no combate ao ISIS, também conhecido como Grupo Estado Islâmico ou Daesh, no Iraque, combatendo esta organização terrorista apenas na Síria. A Rússia tampouco opina sobre política libanesa

4) A única base militar da Rússia no Mediterrâneo se localiza na costa da Síria

5) O regime de Assad é visto como aliado na luta contra o jihadismo. O que ocorre na Síria, na visão de Moscou, não é diferente do que ocorreu na Tchetchênia e no Daguestão. Os adversários, em ambos os casos, seriam jihadistas ligados à Al Qaeda com uma suposta agenda de "liberdade" para ter apoio ocidental

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6) A Rússia é uma nação cristã ortodoxa e se considera defensora dos cristãos. E a maioria dos cristãos da Síria, que representam 10% do total da população, também é cristã ortodoxa, embora do Patriarcado Antioquino, hoje em Damasco, e não do de Moscou. Estes cristãos costumam apoiar Assad, um líder de um regime laico, que sempre os protegeu. Ao mesmo tempo, os cristãos sírios temem os rebeldes jihadistas terroristas de grupos ligados à Al Qaeda ou patrocinados pela Arábia Saudita, a nação mais extremista do mundo

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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