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De Beirute a Nova York

Por que é ruim a radicalização da política mundial no Facebook e no Twitter?

Os atuais ataques palestinos contra israelenses são incitados pelas redes sociais. As redes sociais também servem para o ISIS (Grupo Estado Islâmico ou Daesh) recrutarem membros ao redor do mundo e para fazer propaganda de suas atividades sanguinárias. As redes sociais têm acirrado os ânimos ao redor do mundo e polarizado praticamente todos os países.

Por gustavochacra
Atualização:

Não achem que apenas o Brasil anda polarizado. Nos EUA, é até pior. O mesmo vale para Israel. Para a Turquia. Para a Rússia. Para a Alemanha. Para a Argentina. Para o Irã. Para o Líbano.

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Nos EUA, Obama pode ser o maior herói ou o maior vilão dependendo de quem você conversa e onde você vive. Na Síria, Assad pode ser genocida para alguns, mas um herói para outros por combater o terrorismo islâmico e defender minorias religiosas, como os cristãos. Erdogan literalmente divide a Turquia ao meio com suas ambições de ser uma espécie de novo "sultão". No Líbano, há os que odeiam o Hezbollah, os que toleram, os que apoiam e os que são membros. No Irã, alguns sonham com a democracia. Outros acham o regime dos aiatolás democráticos.

Não interessa onde, as redes sociais estão radicalizando a opinião das pessoas. E esta radicalização causa violência, como vemos na Intifada do Facebook, como escreveu um israelense hoje no New York Times - o pai dele morreu ao ser esfaqueado por um terrorista palestino incitado pelas redes sociais. No Brasil, especialmente em São Paulo, fico assustado com a polarização em torno do prefeito Haddad. Alguns o idolatram e o consideram o melhor prefeito da história de São Paulo. Outros, avaliam que ele é o pior e está destruindo a cidade.

O certo, em todos estes países, é que o centro e o bom senso está acabando. As pessoas não querem mais ouvir quem tem um ponto de vista diferente do delas.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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