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De Beirute a Nova York

Deveríamos respeitar mais a história dos Romas (Ciganos)

Assista aos meus comentários sobre a Al Qaeda na Síria e a Crise na Coreia do Norte no Jornal das Dez da Globo News

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Por gustavochacra
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O texto abaixo foi escrito por mim há dois anos. Nada mudou e os romas (ciganos) continuam alvo de preconceito

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Os Romas, como são oficialmente conhecidos os ciganos (gypsies, em inglês), celebraram nesta semana a sua data cultural. E as comemorações não receberam atenção nenhuma. Afinal, os ciganos são praticamente ignorados e quase ninguém no mundo luta pelos direitos deste povo. No Holocausto, eles também foram levados para campos de concentração e eliminados em escala industrial pelo regime nazista. Mas ficaram sem indenização ao perderem as suas posses e seus parentes. Não há memorial para eles. Os ciganos tampouco possuem um Estado, apesar de serem minorias expressivas em países do Leste Europeu, como a Romênia.  Não vemos movimentos internacionais como os existentes pela criação da Palestina, de Kosovo, de Timor Oriental ou do Curdistão. Os ciganos são perseguidos na Itália e na Suíça, mas poucos se preocupam em defendê-los, ao contrário do que ocorre com imigrantes ilegais de nações africanas.

Não sabemos quase nada sobre os ciganos, ou romas. Há estereótipos, como o de que eles trapaceiam ao dizer que lêem o futuro com bolas de cristais, que roubam pessoas em estações de trem, que agridem suas mulheres. Seriam também nômades que montam suas tendas por onde passam, consumindo bebidas indiscriminadamente. Os ciganos, ou romas, não são uma religião, mas um povo com uma cultura particular. Muitos se destacam nas arte, na literatura e na música, mas também existem médicos, advogados e outros profissionais.

Um dos problemas, segundo o educador alemão Mairele Krause, é que os ciganos, por sofrerem com a perseguição, estabeleceram uma cultura de segredo e proteção que torna difícil entendê-los e estudá-los. David Mayall, um acadêmico que escreveu a história dos ciganos nos últimos 500 anos, afirma ser difícil definir uma identidade para este povo, pois elas são múltiplas.

 Aliás, os ciganos denominam o Holocausto como Porrajmos.

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Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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