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De Beirute a Nova York

Por que o Brasil escolheu o lado errado da América do Sul ao se aliar à Venezuela?

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Por gustavochacra
Atualização:

O Brasil, em 2012, escolheu permanecer no lado errado da América do Sul. Em vez de se aliar a países em busca de avanços no livre mercado, como o Peru, Colômbia e Chile, optou por aceitar a Venezuela no Mercosul, já deteriorado devido a ações totalmente equivocadas do comando econômico argentino.

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A Aliança doPacífico composta por chilenos, colombianos e peruanos, também já inclui o México (América do Norte) e deve incorporar em breve a Costa Rica (América Central). Como explica Moises Nahim em artigo para o Instituto Carnegie, "juntos, estes países representam 36% da economia da região (classificada como América Latina), 50% do seu comércio internacional e 41% dos investimentosestrangeiros. Seus membros são as mais competitivas economias da América Latina e as melhorespara fazer negócios. Em 20 meses, já eliminaram 92% das tarifas de importação".

Agora, compare com o Mercosul, com a economia argentina entrando em colapso e o governo venezuelano reprimindo com violência a oposição, colocando o país perto do caos? Por que o Brasil ficou ao lado deles? Mais grave, A Aliança do Pacífico queria o Brasil como membro.

De acordo com Nahim, estes países se uniram por se sentirem ignorados pelo Brasil e ameaçados pela Venezuela. Hoje, "as economias dos quatro países membros continuam crescendo, apesar da crise nos mercados emergentes afetando Brasil e Argentina". E, para completar, a Aliança do Pacífico também começou a unir suas Bolsas de Valores, que rivalizarão com a de São Paulo. Honestamente, ainda mais hoje com as cenas de violências em Caracas, o Brasil deveria deveria se voltar para os seus outros vizinhos no continente. O problema será eles quererem agora o gigante brasileiro que os ignorou por tanto tempo e poderia até atrapalhar a integração.

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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