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De Beirute a Nova York

Entenda o resultado da eleição britânica em um post de blog

Assim como no Brasil e em Israel, as pesquisas erraram feio nas previsões das eleições no Reino Unido. No fim, os Tories (conservadores) terão maioria e o premiê David Cameron permanecerá no poder provavelmente pelos próximos cinco anos sem a necessidade de uma coalizão com outras partidos. Seu rival, Ed Miliband, do Labour (trabalhistas), já deixou o cargo de líder do partido.

Por gustavochacra
Atualização:

Cameron, desta forma, deve permanecer no poder pelo mesmo período que Tony Blair, mas ainda não atingirá, pelo menos por enquanto, a marca de Margareth Thatcher, que ficou 11 anos no posto.

De acordo com os resultados, o Parlamento britânico, 650 cadeiras, deve ser dividido da seguinte forma

Tories (Conservadores) - 331 (51%)

Labour (Trabalhistas) - 232 (36%)

SNP (Partido Nacional Escocês) - 56 (9%)

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Lib-Dem (Liberais-Democratas) - 8 (1%)

Unionista (irlandês) - 8 (1%)

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Sinn Fein (irlandês) - 4

O restante das cadeiras será distribuído entre os demais partidos. O UKIP, com uma agenda de extrema-direita e anti-imigração, terá apenas uma cadeira, embora tenha obtido uma votação expressiva, demonstrando um avanço de sua ideologia no país.

O resultado indica que os Tories e os escoceses, embora politicamente antagônicos, foram os grandes vitoriosos nesta eleição. O maior perdedor foi Lib-Dem, de Nick Clegg, que viu a votação do partido despencar depois das eleições anteriores e agora não será mais necessário para os Tories governarem. Eles terão um sétimo do número de cadeiras que possuíam no Parlamento anterior.

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Os mercados receberam bem os resultados tanto por concordarem parcialmente com as políticas de Cameron como também pela provável estabilidade política nos próximos cinco anos. No entanto, há alguns temores. O maior é em relação ao plebiscito envolvendo o status britânico na União Europeia, que, com a vitória dos Tories, deve ocorrer em 2017. Também existe o risco de alguns parlamentares na ala mais direitista do partido migrarem para o anti-imigração UKIP. A força dos escoceses também deve ser observada.

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Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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