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De Beirute a Nova York

Qual o presente que o Iraque dará para Trump?

O terrorismo cometido por organizações como o ISIS, também conhecido como Grupo Estado Islâmico ou Daesh, realmente precisa ser derrotado. Não interessa chamar de "jihadista", como Barack Obama, ou "radical islâmico", como Donald Trump. São terroristas. O ex-presidente conseguiu bons resultados ao derrotar a Al Qaeda. Mas viu surgir o ISIS durante seu segundo mandato. O novo presidente diz que irá derrotar esta organização terrorista. Torcemos para que tenha sucesso.

Por gustavochacra
Atualização:

Neste momento, Trump deveria agradecer às dezenas de milhares de muçulmanos lutando pelas forças iraquianas e pelos guerreiros pesh merga curdos (também muçulmanos) que estão arriscando as suas vidas para derrotar o ISIS em Mosul. Já conquistaram a parte leste da cidade e estão avançando. O ISIS não para de apanhar. Já perdeu também Ramadi, Fallujah e Tikrit. Seu território encolheu. Graças a estes muçulmanos do Iraque e da Síria, o ISIS pode ser derrotado nos próximos meses inclusive em Raqqa.

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Trump poderá, portanto, celebrar a derrota territorial do ISIS sem fazer muito esforço. Afinal, receberá este presente do Iraque, da Síria, da Rússia, do Irã e de Obama. Também já ganhou de presente do ex-presidente uma nação que não tem sido alvo de atentados terroristas organizados por grupos estrangeiros como a Al Qaeda. Afinal, não houve nenhum atentado de organizações terroristas dentro dos EUA desde 2001. O desafio para Trump será eliminar o risco de atentados terroristas inspirados pelo ISIS, como em Orlando e San Bernardino. Não ficou clara qual será a sua política. Vamos aguardar. Em relação a Trump, vale mais analisar as ações do que suas declarações e tweets impulsivos.

Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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