. Primeiro, Putin conseguiu fortalecer as forças de Bashar al Assad, consolidando o poder do regime nos principais centros populacionais do país
. Em segundo lugar, a Rússia, junto com os EUA, conseguiu negociar uma trégua que reduziu acentuadamente, embora de forma ainda temporária, a quantidade de vítimas na guerra
. Terceiro, a Rússia fortaleceu sua posição nas negociações de paz em Genebra, ao mesmo tempo que pressionará Assad a fazer algumas concessões
Ainda estamos longe do fim do conflito na Síria. Deveremos ter sim uma estabilidade com um índice de violência menor na guerra entre o regime de Assad e os grupos rebeldes. Isso, claro, ignorando, a parte "ISIS" da guerra. Esta organização, também conhecida como Grupo Estado Islâmico ou Daesh, não faz parte da trégua e tampouco das negociações em Genebra. Será um capítulo a parte. O mesmo vale para a Frente Nusrah (Al Qaeda da Síria) que é o mais importante grupo rebelde mais poderoso.
Guga Chacra, blogueiro de política internacional do Estadão e comentarista do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires