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De Beirute a Nova York

Santorum é tão homofóbico quanto Ahmadinejad (só que um é islamofóbico e o outro, anti-semita)

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Por gustavochacra
Atualização:

no twitter @gugachacra

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Nenhum dos 14 mil assassinatos registrados nos Estados Unidos no ano passado foi resultado do extremismo islâmico, considerado por muitos como uma ameaça ao país. Ainda assim, islamofóbicos como Rick Santorum têm força política, como ficou claro na sua vitória em três prévias ontem.

Além de atacar verbalmente os muçulmanos, Santorum também é homofóbico. O pré-candidato republicano comparou o homossexualismo à pedofilia, ao incesto e até mesmo a sexo com animais. A revolta da comunidade gay foi tamanha que criaram a expressão "Santorum" para designar o excremento fecal pós-sexo anal. Ele não é muito diferente do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. A diferença é que o iraniano pode ser classificado como anti-semita e o republicano como islamofóbico. Mais importante, um ameaça destruir Israel; o outro, o Irã.

Os EUA têm candidatos capacitados entre os republicanos para enfrentar Barack Obama, como o moderado Mitt Romney e o libertário Ron Paul. Pode-se discordar de alguns pontos da política dos dois. Mas são pessoas sérias. Quem sabe, os republicanos voltam a ser aquele partido sério do século 20, tão fundamental para transformar os EUA na maior potência mundial.

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Infelizmente, o partido foi sequestrado por uma ala ultraconservadora que, como Santorum, sequer acredita na ciência e na teoria da criação.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacio

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