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De Beirute a Nova York

Questões americanas - Você apoia o aborto? Mesmo depois de 20 semanas? E o direito de não ser pai?

O Brasil não permite o aborto. Mas, nos EUA, é legalizado há décadas. Os debates, porém, permanecem. De um lado, estão os "pró-life", que são contrários a esta prática. De outro, os "pró-choice", que defendem o direito de a mulher decidir se quer ter o bebê.

Por gustavochacra
Atualização:

O limite para abortar, nos EUA, são 24 semanas. Depois deste prazo, o bebê, teoricamente, teria condições de sobreviver fora da mãe. Membros do Partido Republicano, de tendência mais pró-life, enquanto os democratas seriam majoritariamente pro-choice, passaram a defender um limite de 20 semanas para o aborto. Em alguns Estados, já obtiveram sucesso. Dos 1,2 milhão de abortos realizados todos os anos no território americano, apenas uma pequena fração ocorre depois da vigésima semana. Mas a mudança tem um simbolismo forte.

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A maior parte da população americana é pro-choice. Por outro lado, uma maioria também defende o estabelecimento de um limite em 20 semanas. Em Cuba, o prazo máximo para abortar é dez semanas. Ao redor do mundo, uma série de nações já aprovaram o aborto, como o Uruguai, mais recentemente, e a Tunísia, de maioria islâmica e árabe, desde os anos 1960.

Aos poucos, aqui nos EUA, também passou a surgir um debate sobre o direito de não ser pai. Isto é, a mulher pode escolher ser mãe ou não. O homem, por sua vez, não pode abortar e no máximo consegue exercer influência sobre a mulher. Não ser pai, no caso, seria uma ação distinta. A criança nasceria, mas o homem teria o direito de abdicar de todas as obrigações da paternidade. Seria um "aborto masculino".

E aqui ficam três perguntas - 1) Você defende o direito ao aborto? 2) Se sim, qual deve ser o prazo limite? 3) Você defende o direito de o homem abdicar da paternidade?

Guga Chacra, comentarista de política internacional do Estadão e do programa Globo News Em Pauta em Nova York, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já foi correspondente do jornal O Estado de S. Paulo no Oriente Médio e em NY. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires

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