PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Direto da Europa

A corte de Dom José...Blatter

RIO DE JANEIRO - Cada vez que ele sai de seu hotel em Copacabana, quatro policiais em motocicletas e um carro com seguranças armados interrompem o trânsito na movimentada avenida Atlântica para que seu comboio possa passar, ao som de protestos e buzinas de motoristas que sequer sabem quem é a personalidade que vai passar.

Por jamilchade
Atualização:

Não se trata de um chefe de estado ou de um monarca. Trata-se do cartola suíço Joseph Blatter que, desde que chegou ao Rio de Janeiro na última quinta-feira, vem impressionando - e incomodando - pelo tamanho de sua delegação e a dimensão do dispositivo de segurança montado para protegê-lo.

PUBLICIDADE

Na Suíça, Blatter não tem esses privilégios. Conta com um carro com motorista. Mas não dispõe de qualquer tratamento diferenciado. Seja em Zurique ou em sua terra natal nas montanhas do Valais, o cartola não tem nem seguranças e muito menos alguém para segurar o trânsito.

Desde que chegou ao Rio de Janeiro, porém, sua movimentação pela cidade é radicalmente diferente. Na última sexta-feira, ao se reunir com a presidente Dilma Rousseff no III Comando da Marinha Regional no Rio de Janeiro, a delegação de Blatter se confundia com o próprio comboio da chefe-de-estado.

Para ir até o local militar, Blatter foi acompanhado por nada menos que sete carros, além das motocicletas abrindo caminho ao som de sirenes. Dilma chegaria logo depois, com uma caravana praticamente similar à de Blatter.

No hotel em que está hospedado, o Estado contou pelo menos dez seguranças para garantir sua proteção, entre homens da Polícia Federal, policiais locais e seguranças privados contratados pelo hotel e que circulam armados pelo lobby do local de luxo. Em cada saída sua, o dispositivo acionado lembra a de presidente de um país em visita oficial ao Brasil. Não são apenas seguranças, mas assessores, secretárias e sua equipe de imprensa.

Publicidade

Blatter, dono da Copa e tendo imposto uma série de exigências ao Brasil nos últimos anos para que o evento fosse realizado, sabe que pelo menos em um aspecto o Mundial já é um sucesso:a Copa de 2014 será a mais rentável da história da entidade.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.