Rio - A Copa do Mundo de 2018 na Rússia é acusada por auditorias oficiais de Moscou de corrupção. Segundo um informe da Câmara de Auditoria da Rússia, os estádios do Mundial tiveram um superfaturamento de mais de 100%, mesmo que muitas das obras estejam em suas fases iniciais.
Uma auditoria em sete estádios apontou que as obras de "design, planejamento e projetos" deveriam ter custado US$ 80 milhões, e não US$ 171 milhões, como está acontecendo.
Os estádios com superfaturamento são os de Kaliningrado, Samara, Saransk, Volgograd, Rostov-on-Don, Yekaterinburg e Nizhny Novgorod, onde os desvios seriam os mais importantes. Neste caso, o contrato assinado para o projeto é quatro vezes superior ao valor real da obra.
No caso de Rostov-on-Don e Kaliningrad, o superfaturamento é três vezes superior ao valor que a auditoria estima que deveria ter sido pago.
Os contratos foram assinados por empresas privadas e o governo de Vladimir Putin. Para o Kremlin, porém, a auditoria "errou" ao fazer os cálculos e não levaram em consideração as inovações em cada estádio.
Os casos agora serão encaminhados para o Ministério Público de Moscou e, se confirmada a corrupção, os contratos terão de ser revistos. Putin planeja viajar ao Brasil para a final da Copa do Mundo, em julho no Maracanã.