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Direto da Europa

Crise mundial expulsou 62 milhões de pessoas do mercado de trabalho, diz OIT

GENEBRA - A crise internacional que começou em 2008 já fez 62 milhões de vítimas no que se refere aos postos de trabalho e fez o número de desempregados atingir pela primeira vez a marca de 202 milhões de pessoas, o equivalente à população inteira do Brasil. Segundo dados publicados hoje pela Organização Internacional do Trabalho, a recuperação da economia mundial não está sendo traduzida em criação de emprego.

Por jamilchade
Atualização:

Em 2013, 5 milhões de pessoas extras perderam seus trabalhos. O que mais assusta a OIT é que essa taxa vai continuar subindo até 2018, para um total de 215 milhões de desempregados.

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Desde 2008, um volume extra de 32 milhões de pessoas está buscando trabalho, sem sucesso. Mas outras 30 milhões de pessoas simplesmente abandonaram o mercado de trabalho e desistiram de buscar empregos.

"A crise é muito séria", declarou Guy Ryer, diretor-geral da OIT. "Precisamos repensar todas as políticas", disse. "A crise não vai acabar até que as pessoas voltem a trabalhar. É ótimo que haja uma recuperação do sistema financeiro e que ele esteja mais seguro. Mas a definição de "fim de crise" é quando as pessoas voltam a trabalhar", atacou.

Na América Latina, o impacto do desemprego mundial em 2013 foi considerado como "modesto". Mas Ryder admite que, com as taxas reduzidas de crescimento do Brasil, o país pode ter sérias dificuldades para manter o ritmo de criação de postos de trabalho que vinha registrando nos últimos anos. "Será certamente mais difícil", admitiu.

Outra preocupação da OIT é com o fato de que 13,1% dos jovens no mundo continuam sem emprego. No total, são 74,5 milhões de pessoas.

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Mesmo entre os que estão empregados, a situação nem sempre é adequada. Segundo a OIT, 375 milhões de pessoas ganham menos de US$ 1,25 por dia. Outros 839 milhões ganham menos de US 2,00 por dia.

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