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Direto da Europa

Desastres naturais custaram "um Brasil" à economia mundial apenas no século 21

Desastres naturais apenas no século XXI já custaram à economia global o equivalente ao PIB do Brasil. Dados divulgados pela ONU apontam que a repercussão econômica de desastres está subestimada e que o que vem sendo publicado é apenas uma parte das consequências de terremotos, furacões e enchentes. No total, o impacto chegaria a US$ 2,5 trilhões apenas nos 13 primeiros anos do século.

Por jamilchade
Atualização:

As informações revelam, segundo os especialistas, a importância do setor privado em se preparar para ciclones e outros fenômenos naturais. Apesar ter seguros contra danos em fábricas ou produção não seria suficiente, já que o impacto indireto pode ser a perda de mercados por conta de uma interrupção prolongada.

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Segundo a ONU, apenas ciclones e terremotos deixam um prejuizo anual de US$ 180 bilhões ao mundo desde 2000, enquanto a pesquisa mostra que apenas uma a cada seis empresas multinacionais tem planos de garantir uma produção ininterrupta em caso de desastre natural.

"Os custos dos desastres estão fora de controle", declarou o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon. "Mas isso é inaceitável, já que o mundo tem o conhecimento suficiente para reduzir as perdas", alertou.

O que preocupa os especialistas é que a conta dos desastres tem apenas aumentado. Isso porque, nos últimos 20 anos, multinacionais tem optado por diversificar sua produção e sair em busca de locais onde a mão de obra seria mais barata. O prolema é que esses são os locais também menos preparados para enfrentar desastres naturais.

Segundo as estimativas, 4,3% do PIB global está situado em regiões que com frequência são afetadas por ciclones tropicais.

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Para países em desenvolvimento, esses desastres tem sido fatais para suas economias. Em Moçambique, as perdas com o clima em 2011 foram superiores aos investimentos externos recebidos pelo país naquele ano.

Na avaliação dos especialistas, investimentos em reduzir riscos podem ser a solução. Um dos exemplos foi o caso da operadora de energia da Nova Zelândia, a Orion, que investiu US$ 6 milhões em um plano contra terremotos. Quando o desastre ocorreu em Christchurch, a empresa economizou US$ 65 milhões.

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