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Direto da Europa

Documentos sigilosos revelam descaso do Brasil ao ser cobrado por assassinatos

Nesta semana, publiquei como relatores da ONU cobraram do governo brasileiro uma resposta sobre quase 30 assassinatos de líderes indígenas, defensores de direitos humanos e ativistas.

Por Jamil Chade
Atualização:

Vivendo uma epidemia de violência, o Brasil surpreende os organismos internacionais não apenas com o elevado número de crimes contra essas pessoas. Mas também diante da falta de uma resposta e o descaso até mesmo em manter uma comunicação com os relatores da ONU.

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Dos 30 casos citados pela ONU apenas em 2016, o governo brasileiro prestou esclarecimento sobre apenas cinco deles. Ainda assim, não deu qualquer informação sobre as investigações e admitiu que, em quatro deles, não sabia que as pessoas estavam sendo ameaçadas.

Sobre o restante dos casos, prometeu em fevereiro que daria uma resposta, o que a secretaria da ONU aponta que não foi feito.

Consultado pela reportagem na semana passada sobre o assunto, o Itamaraty até agora não prestou esclarecimentos.

Nesta semana, em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos da ONU retoma seus trabalhos. Mas não adianta usar a tribuna para fazer discursos com promessas vazias se, nos bastidores, a relação é de descaso.

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Leia aqui os documentos confidenciais enviados pelos relatores da ONU ao Brasil e a resposta do governo

Documento

ONU assassinatosPDF

o:

Documento

resposta do BrasilPDF

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