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Direto da Europa

Ong suíça lança campanha contra leis comerciais da Fifa no Brasil (vídeo)

Em defesa de vendedores de rua, entidade quer mandar 5 mil cartas para o presidente da Fifa protestando contra as regras comerciais da entidade na Copa de 2014. 

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Por jamilchade
Atualização:

 

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GENEBRA - A ong Solidar Suisselançou neste fim de semana uma campanha para colocar pressão sobre a Fifa por conta das regras comerciais exclusivas na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

A entidade ataca o fato de que as leis impostas pela Fifa e aceitas pelo governo brasileiro estabelecem que vendedores de rua ficam proibidos de atuar nas proximidades dos estádios da Copa. Na semana passada, a Fifa começou a receber cada um dos estádios, em verdadeiras ilhas dentro do território nacional onde apenas leis extraordinárias valem."Durante a Copa, os vendedores de rua não poderão vender seus produtos nas proximidades dos estádios", anuncia a campanha. "A Fifa ignora as reivindicações dos vendedores", acusa a ong. A entidade está presente em 13 países e lidera mais de 50 projetos de combate à pobreza.

A meta da campanha é de que Blatter possa rever algumas dessas regras, antes do dia 12 de junho. "Exija um Mundial responsável", aponta. "Blatter pode ainda intervir a favor desses vendedores, sob a pressão da opinião pública", insiste a entidade. Em apenas dois dias, a ong já coletou mais de 2 mil cartas que serão entregues à sede da Fifa, em Zurique.

"A Copa no Brasil é apresentada como a maior festa do futebol de todos os tempos. Mas poucas pessoas realmente lucrarão", diz a campanha veiculada em jornais europeus. "Violações de direitos humanos e a exploração obscurecem essa Copa. E os mais afetados são aqueles que já vivem na pobreza. Mas não é tarde demais para agir.A Fifa ainda pode transformar essa Copa em uma festa para todos", completou.

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Segundo o governo, nem todos os ambulantes foram expulsos das áreas dos estádios. Segundo Brasília, vendedores de acarajé em Salvador chegaram a um acordo com os organizadores da Copa.

Para quem quiser se unir ao protesto, eis o site: http://action.solidar.ch/fr/protester

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