O resultado enterrou o projeto. 50,6% dos eleitores votaram contra a obra, que custaria 217 milhões de francos suíços, quase R$ 600 milhões, aos cofres públicos.
Sem alternativas, a prefeitura de Zurique anunciou, sem qualquer complexo, que abandonava o projeto do estádio diante do resultado das urnas. "O conselho municipal aceita a decisão", apontou um comunicado das autoridades.
Mas o resultado é o que menos importa. Os chatos de plantão me dirão: na Suíça não existe futebol e obviamente a população seria contra.
Isso é quase verdade. Mas essa não é a questão. As cidades suíças tem um superávit fiscal, o país foi um dos menos atingidos pela crise mundial e a renda de um cidadão é uma das mais altas do mundo. Se não bastasse, a Suíça recebeu a Eurocopa de 2008 e sua seleção deve, em 2014, ir para sua quarta Copa do Mundo consecutiva. Ou seja, dinheiro não falta e nem o interesse pelo futebol.
Mas o que vale como exemplo, neste caso, é que antes que o estádio tenha sido erguido com dinheiro dos contribuintes, aqueles que pagariam pela obra foram consultados.
Fica a pergunta: e se o uso do dinheiro público dos estádios da Copa de 2014 tivesse passado pelas urnas, o que teria ocorrido?