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É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.

Opinião|Família de suspeito de atentado se queixou de discriminação

A família de Ahmad Khan Rahami, suspeito de ao menos dois atentados a bomba em Nova Jersey e em Nova York no sábado, processou em 2011 a prefeitura de Elizabeth e vários policiais, afirmando ter sido perseguida e discriminada por ser muçulmana e de origem afegã. A família possui desde 2002 um restaurante em Elizabeth, chamado First American Fried Chicken. Rahami, de 28 anos, afegão naturalizado americano, foi preso nesta segunda-feira, depois de um confronto com a polícia, que o deixou ferido, assim como dois policiais. A polícia o encontrou dormindo na porta de um bar em Linden, Nova Jersey, depois de ter sido chamada pelo dono do estabelecimento.

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Atualização:

De acordo com reportagem do jornal The Washington Post, documentos de um tribunal revelam que membros da família foram detidos, quando tentavam filmar policiais que realizavam uma batida no restaurante. Eles se queixaram de serem alvo de assédio de policiais "simplesmente por ânimo contra religião, credo, raça e origem nacional", tendo sido acusados injustamente de manter o restaurante aberto depois das 22h. Eles afirmaram também que um morador do bairro lhes disse que "são muçulmanos e muçulmanos causam muito problema neste país".

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Nesta segunda-feira, a casa da família, onde funciona também o restaurante, estava vazia, e o prefeito de Elizabeth, Christian Bollwage, disse que o paradeiro dos parentes de Rahami era desconhecido. A polícia investiga se ele tem ligação com algum grupo terrorista.

Outras cinco pessoas foram detidas na noite deste domingo, por suspeita de envolvimento no atentado no bairro nova-iorquino de Chelsea, onde explosivos em uma mala foram detonados, deixando 29 feridos. A polícia também encontrou uma panela de pressão com explosivos a alguns quarteirões de distância. Mas ela não chegou a explodir. Chefes de Estado e de governo de todo o mundo se reúnem a partir desta terça-feira em Nova York, para a Assembleia Geral da ONU.

Um explosivo colocado em uma lata de lixo foi detonado em Seaside Park, Nova Jersey, perto da largada de uma maratona de 5 km promovida pelos Fuzileiros Navais para arrecadar fundos para caridade, mas ninguém ficou ferido. Neste domingo, cinco explosivos foram encontrados em uma mochila dentro de uma lata de lixo numa estação de trem de Elizabeth, perto da casa de Rahami. Um deles explodiu quando os policiais averiguavam.

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Opinião por Lourival Sant'Anna

É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais

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