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É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.

Opinião|Gabinete de Biden eleva meio ambiente para o topo da política externa e de segurança

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A apresentação da equipe de política externa e segurança de Joe Biden deixou clara, na tarde desta terça-feira, a prioridade que o meio ambiente e soluções multilaterais para a mudança climática terão no seu governo. O presidente eleito disse que uma equipe completa para a questão do clima será anunciada em dezembro, para enfrentar essa "ameaça existencial".

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John Kerry, primeiro representante do presidente para o meio ambiente da história dos Estados Unidos, elogiou a decisão de Biden de voltar ao Acordo de Paris, mas disse que isso não será suficiente. O ex-senador, secretário de Estado e candidato presidencial chamou a atenção também para a Conferência da ONU sobre Mudança Climática de Glasgow, adiada para dentro de um ano, e disse que sem a união de todos os países o mundo fracassará, e "o fracasso não é uma opção".

Avril Haines, primeira mulher a assumir o cargo de diretora de Inteligência Nacional, e Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional, incluíram a mudança climática em suas agendas. Além do meio ambiente, Haines citou também o combate à corrupção.

"Seremos vigilantes em relação à ameaça nuclear e ao terrorismo. mas também à pandemia, crise econômica, crise climática, ruptura tecnológica, ameaças à democracia, injustiça racial e desigualdade de todas as formas", enumerou Sullivan.

Antony Blinken, nomeado secretário de Estado, enfatizou que os EUA não podem resolver os problemas do mundo sozinhos. Linda Thomas-Greenfield, indicada embaixadora na ONU, anunciou: "O multilateralismo e a diplomacia estão de volta". E avisou que as relações pessoais contarão na política externa.

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Nenhuma notícia boa para o presidente Jair Bolsonaro.

Opinião por Lourival Sant'Anna

É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais

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