É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.
Opinião|O preço da paz
Afinal, que preço se deve pagar pela paz? Pode haver paz sem justiça? Vale a pena deixar o passado para trás para ter um futuro melhor? Os colombianos voltaram a se fazer essas perguntas na semana que passou, enquanto a antiga guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia lançava seu partido, que manteve a sigla e passou a se chamar Força Alternativa Revolucionária do Comum. "Quem fez, tem que pagar" foi a frase padrão que ouvi nas duas últimas semanas, em Bogotá e Medellín. Há um conflito aqui entre pragmatismo e sentimento de justiça.