Nesta edição, abrimos com a tragédia do Airbus da companhia alemã Germanwings e a revelação de que o co-piloto Andreas Lubitz provocou o a queda do avião, matando 149 pessoas.
Uma busca na casa do co-piloto revelou que ele havia escondido uma licença média da companhia aérea. Andrei Netto comenta a pressa em estigmatizar a depressão, já que Lubitz passou por tratamento psiquiátrico durante seu treinamento como piloto em 2009. Jamil Chade questiona a consistência das normas de reforço das cabines de comando. Nos Estados Unidos, desde o 11 de setembro, as companhias aéreas devem manter duas pessoas na cabine.
Discutimos a ofensiva multinacional liderada pela Arábia Saudita no Iêmen, onde rebeldes Houthis xiitas derrubaram o presidente sunita Abd-Rabbu Mansour Hadi.
O Iêmen, um dos países mais pobres do mundo árabe, é um estado em colapso virtual e a ofensiva saudita, com apoio dos Estados Unidos, arrisca se tornar um conflito regional, diante da reação do Irã, o poder xiita que apoiou a guerrilha contra o presidente Hadi. O bombardeio no Iêmen destaca a estranha posição dos Estados Unidos que, na mesma semana, apoiam o Irã na ofensiva contra o Estado Islâmico em Tikrit, Iraque, e apoiam o ataque a aliados do Irã no Iêmen.
As negociações sobre o programa nuclear do Irã seguem intensas neste fim de semana. Há grande oposição por parte do Partido Republicano em Washington e a intenção do governo Obama de fechar um acordo que suspenda as sanções econômicas e reintegre Teerã à comunidade internacional. Jamil Chade conta que está impressionado com a intimidade dos representantes de inimigos tradicionais, o Secretário de Estado John Kerry e o Chanceler do Irã, Mohamed Javad Zarif, apesar dos obstáculos reais ao acordo final.
Conversamos sobre o vexame do Brasil que se absteve na votação sobre direitos humanos no Irã, criticada pela ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Shirin Ebadi. Falamos das novas denúncias de corrupção na Copa de 2014 e das perspectivas de segurança para a Olimpíada de 2016.
E, na nossa dica cultural, falamos da importância do sofrido Iêmen, que abriga não só tesouros arquitetônicos da humanidade como tem uma tradição musical rica.