Centenas de comentários ruins sobre o livro de memórias de Hillary Clinton What Happened, feitos online horas após o lançamento do livro de 512 páginas, foram removidos pela Amazon.
O livro, no qual Hillary fala sobre a campanha presidencial de 2016, foi publicado na terça-feira. Na manhã de quarta-feira, havia mais de 1.500 comentários no anúncio do livro no site da Amazon, a maioria criticando. Jonathan Karp, da editora Simon & Schuster, disse à Associated Press: "Parece altamente improvável que aproximadamente 1.500 pessoas tenham lido o livro de Hillary Clinton em uma noite para dizer se ele era brilhante ou chato."
Na quinta-feira, permaneciam apenas 581 comentários, 95% deles positivos. A Amazon disse que retirou os comentários "que violavam as diretrizes" de sua comunidade. Entre elas está a de que "quando encontramos um número altamente incomum de comentários sobre um produto lançado muito recentemente, podemos restringir o número de comentários sobre esse produto de pessoas que não são clientes da Amazon".
A Amazon disse que os comentários dos clientes "devem estar relacionados ao produto e ter como objetivo ajudar na tomada de decisão de outras pessoas sobre a compra. No caso de uma memória o sujeito do livro é seu autor e seus pontos de vista. Não é nosso papel decidir o que o cliente pode considerar útil ou inútil para tomar uma decisão. Mas temos mecanismos para garantir que as vozes de muitos não calem as opiniões de poucos".
Karp disse que a Simon & Schuster espera que os comentários online "reflitam opiniões de pessoas que realmente leram o livro".
O presidente Donald Trump não deu sua opinião sobre o livro de Hillary. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Saunders, disse que provavelmente ele não dará. "Acho que ele sabe muito bem o que aconteceu e creio que isso está bem claro para todos os EUA", disse. "Acho triste que, após Hillary Clinton fazer uma das campanhas mais negativas da história, e perder, o último capítulo de sua vida pública será definido por um livro com ataque falsos e imprudentes. E acho que é um triste caminho para ela prosseguir."
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