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Peculiaridades da terra que elegeu Donald Trump

Eleitores da Califórnia afastam juiz criticado por pena branda a agressor sexual

Ele atraiu críticas de todo o mundo por dar uma pena de 6 meses de prisão a um nadador da Universidade Stanford condenado por abusar sexualmente de uma mulher inconsciente

Por Redação Internacional
Atualização:

LOS ANGELES - Eleitores afastaram de seu cargo um juiz do Estado americano da Califórnia que atraiu críticas de todo o mundo por dar uma pena de 6 meses de prisão a um nadador da Universidade Stanford condenado por abusar sexualmente de uma mulher inconsciente, mostraram resultados extraoficiais de uma eleição nesta quarta-feira.

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O juiz Aaron Persky do Tribunal Superior do Condado de Santa Clara, ex-procurador indicado para o posto em 2003 pelo então governador democrata Gray Davis, pode se tornar o primeiro juiz no exercício da função a ser afastado em mais de 80 anos no Estado. A Califórnia permite que seus eleitores retirem autoridades estaduais de seus postos.

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Com 88% das urnas apuradas, a campanha para destituir Persky foi apoiada por quase 60% do eleitorado e rejeitada pelos cerca de 40% restantes, segundo resultados publicados na internet.

A campanha foi organizada por Michele Dauber, professora de Direito de Stanford que publicou uma foto de si mesma no Twitter no início desta quarta-feira diante de uma tela de televisão mostrando uma grande vantagem dos votos a favor do afastamento.

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Persky se tornou alvo de críticas em junho de 2016 por condenar Brock Turner, membro da equipe de natação de Stanford, então com 20 anos, a 6 meses na prisão e 3 anos de condicional por três acusações de agressão sexual, uma pena rejeitada por muitos como muito leniente. A universidade se localiza em Palo Alto, no Condado de Santa Clara.

A revolta com o veredicto foi incentivada em parte por uma carta aberta da vítima, que continua anônima, relatando seu sofrimento em detalhes. A carta foi publicada na internet e viralizou, comovendo pessoas de todo o planeta.

A sentença de Turner, que antecedeu o movimento #MeToo de mulheres que passaram a denunciar publicamente o assédio e o abuso sexual, foi vista como um símbolo do fracasso do sistema de justiça americano para levar crimes sexuais a sério. / REUTERS

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