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Peculiaridades da terra que elegeu Donald Trump

Jornalista do Caso Watergate mostra um Trump inculto, raivoso e paranoico em novo livro

Aguardado livro do jornalista investigativo Bob Woodward afirma que Trump queria matar Assad

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Por Redação Internacional
Atualização:

WASHINGTON - O aguardado livro do jornalista investigativo Bob Woodward sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descreve o perfil de um chefe de Estado inculto, raivoso e paranoico, que seus secretários e colaboradores se esforçam em controlar para evitar suas saídas de tom.

Bob Woodward chega a Trump Tower para uma reunião com o presidente, em janeiro de 2017. Foto: DON EMMERT/AFP

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O jornal Washington Post, que obteve uma cópia da obra escrita por quem, junto com Carl Bernstein, revelou o escândalo de Watergate, que desencadeou a saída do presidente republicano Richard Nixon, publicou alguns trechos que não deixam o 45° presidente dos Estados Unidos em uma boa posição.

Após uma reunião entre Trump e a sua equipe de Segurança Nacional sobre a presença militar na Península da Coreia, o secretário de Defesa, Jim Mattis, disse, exasperado, ao seu grupo mais próximo que o presidente se comportou como um "aluno de quinto ou sexto ano".

Segundo Woodward, depois do ataque químico de abril de 2017 atribuído ao regime do presidente sírio Bashar Assad, Trump supostamente ligou para o general Mattis e lhe disse que queria assassinar o chefe de Estado.

"Vamos matá-lo. Vamos. Vamos matar um monte deles", disse Trump ao diretor do Pentágono. Depois de desligar, Mattis teria recorrido a um assessor e teria dito a ele: "Não faremos nada a respeito, seremos muito mais comedidos".

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Woodward descreve assim em seu livro intitulado Fear: Trump in the White House (Medo: Trump na Casa Branca, na tradução livre) a frustração que vive de forma recorrente o secretário-geral da Casa Branca, John Kelly, tradicionalmente o homem mais próximo ao presidente na Ala Oeste.

Em uma reunião com um grupo reduzido, Kelly teria afirmado sobre Trump: "É um idiota. É inútil tentar convencê-lo de qualquer coisa (...) Nem sei o que eu estou fazendo aqui. Este é o pior trabalho que já tive".

No fim de agosto, Trump atacou em um tuíte Bernstein, símbolo junto a Woodward do jornalismo investigativo após o Caso Watergate.

"Estamos nos divertindo em todo o país com o esquecido Carl Bernstein, um homem que vive no passado e pensa como um velho degenerado, inventando história atrás de história! Notícias falsas", escreveu.

A Casa Branca não respondeu uma solicitação da France-Presse de comentários sobre os trechos publicados do livro, que deve ser posto à venda em 11 de setembro. / AFP

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