Luiz Moncau
19 de dezembro de 2009 | 07h00
Equipes de socorro em Áquila, em abril Foto: NYT
Oito meses depois de um forte terremoto atingir a região central da Itália, muitas de suas cidades e vilarejos ainda estão em ruínas. O tremor de 6,3 graus da escala Richter ocorreu em 6 de abril, com epicentro na cidade de Áquila, e deixou 290 mortos.
Logo após a tragédia, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi correu para a região, consolou vítimas e cometeu uma série de gafes. Primeiro, rejeitou ajuda internacional. Depois, disse que as tendas alinhadas para abrigar as vítimas que perderam suas casas pareciam “um acampamento de férias” – causando exasperação dentro e fora do país. Por fim, prometeu abrir uma de suas mansões para receber desabrigados.
O custo total para a reconstrução de Áquila é estimado em 10 bilhões de euros. Até agora, o Fundo de Solidariedade da UE liberou apenas 493,7 milhões de euros. Boa parte da ajuda anunciada pelos parceiros da Itália no G-8 (o grupo dos países ricos) ficou na promessa.
Ilustração: Der Spiegel
Enquanto lidam com o trauma, muitos moradores lutam para permanecer na região empobrecida e autoridades locais tentam combater a corrupção e o crescente envolvimento da máfia nos esforços de reconstrução. (Der Spiegel)
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