Foto do(a) blog

O blog da Internacional do Estadão

As datas mais importantes desde a Revolução Islâmica

Confira abaixo os principais acontecimentos no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979:

PUBLICIDADE

Por Redação Internacional
Atualização:

Revolução Islâmica

Khomeini (centro) discursa em Teerã, em 1979: volta do exílio e comando da revolução que derrubou o xá Foto: AP Photo/Campion

PUBLICIDADE

No dia 1º de fevereiro de 1979, o aiatolá Ruhollah Khomeini retorna para Teerã depois de 15 anos de exílio, após a fuga do xá Mohamed Reza Pahlevi, que deixou o país em 16 de janeiro ante a pressão das ruas contra o regime. Em 11 de fevereiro, a rádio iraniana, batizada "Voz da Revolução", anuncia "o fim de 2.500 anos de despotismo". No dia 1º de abril, é proclamada a República Islâmica.

 

Reféns americanos

Refém americano é exibido após a tomada da Embaixada dos EUA em Teerã Foto: AP

Em 4 de novembro de 1979, estudantes islamistas invadem a embaixada dos Estados Unidos em Teerã e tomam como reféns 52 diplomatas. Denunciam que o xá está internado nos Estados Unidos e exigem seu retorno ao Irã. A tomada de reféns dura 444 dias. Em abril de 1980, Washington rompe as relações diplomáticas com Teerã e impõe um embargo comercial, 10 meses antes da libertação dos últimos reféns.

 

Guerra Irã-Iraque

Publicidade

Monumento em Teerã lembraos mortos naGuerra Irã-Iraque Foto: Arash Khamooshi/The New York Times

Em 22 de setembro de 1980, o Iraque envia sua força militar ao território do Irã, depois que Bagdá denuncia os acordos de Argel de 1975. Esses acordos deveriam encerrar um conflito na fronteira entre os dois países a respeito do Rio Shatt al-Arab. Em agosto de 1988, um cessar-fogo entra em vigor, após uma guerra que deixou um milhão de mortos.

 

De Khamenei a Khatami

O ex-presidente iranianoAkbar Hashemi Rafsanjani vota em Teerã, em imagem de 14 de junho de 2013 Foto: REUTERS/Fars News/Mehdi Marizad

Após a morte de Khomeini em junho de 1989, o aiatolá Ali Khamenei, presidente desde 1981, torna-se o guia supremo do país. Akbar Hashemi Rafsanjani é eleito presidente em julho do mesmo ano e reeleito em 1993. Este conservador moderado lidera a reconstrução do país depois da guerra com o Iraque e inicia uma política de abertura com o Ocidente. Em 23 de maio de 1997, o reformista Mohamad Khatami é eleito presidente. Seu mandato foi marcado por protestos e manifestações estudantis. Ele foi reeleito em 2001.

 

Ahmadinejad, o ultraconservador

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, discursa na Universidade de Ciência e Indústria em Teerã Foto: AP

No início de 2002, o presidente americano George W. Bush inclui o Irã no chamado "eixo do mal", ao lado de Iraque e Coreia do Norte, acusando o país de desejar "exportar o terrorismo" e produzir armas de destruição em massa.Em 25 de junho de 2005, Mahmoud Ahmadinejad vence a eleição presidencial, e o Irã retoma o programa de nriquecimento de urânio.Ahmadinejad multiplica as declarações que questionam o Holocausto e diz que Israel deveria ser "apagado do mapa". Em junho de 2009, sua reeleição provoca um movimento de contestação em Teerã violentamente reprimido.

Publicidade

 

Rohani, um religioso moderado

Presidente iraniano, Hassan Rohani, discursa na capital em comemoração dos 40 anos da fundação da República Islâmica Foto: Iranian Presidency / AFP

Em 15 de junho de 2013, Hassan Rohani, partidário de uma flexibilidade maior em relação ao Ocidente, é eleito presidente. Em setembro, Rohani e Barack Obama conversam por telefone, algo que não acontecia entre presidentes do Irã e dos Estados Unidos desde 1979. Em 14 de julho de 2015, um acordo sobre o programa nuclear do Irã com as grandes potências encerra 13 anos de disputas. O pacto assegura o caráter civil do programa iraniano em troca de uma suspensão em 10 anos das sanções internacionais.

 

Aliado de Assad

O presidente da Síria, Bashar Assad Foto: SANA/Divulgação

Reforçado pelo acordo nuclear, o Irã se apresenta como um ator importante na guerra na Síria, onde é, ao lado da Rússia, o principal aliado do regime de Bashar Assad, com uma ajuda militar e econômica.

 

Ruptura com a Arábia Saudita

Publicidade

No início de janeiro de 2016, a Arábia Saudita e seus aliados rompem, ou reduzem, as relações diplomáticas com Teerã, após uma crise desencadeada pela execução de um líder xiita saudita. Os países acusam o Irã de interferência nos assuntos dos países árabes e de atiçar conflitos como os da Síria, ou do Iêmen.

 

Protesto

Estudantes entraram em confronto com a polícia perto da Universidade de Teerã durante as manifestações de dezembro. Foto: European Pressphoto Agency

Em 19 de maio 2017, Rohani é reeleito, graças ao apoio dos reformistas e de grande parte da juventude. Entre 28 de dezembro e 1º de janeiro de 2018, dezenas de cidades registram distúrbios que deixaram pelo menos 25 mortos, à margem de manifestações não autorizadas contra a situação econômica e social e contra o poder.

 

Saída americana do acordo

O tuíte de Trump foi publicado depois de Rohani advertir o presidente americano a não "brincar com fogo", garantindo que um conflito com o Irã seria "a mãe de todas as guerras" Foto: AP

Em 8 de maio de 2018, o presidente Donald Trump anuncia a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear e o restabelecimento das sanções contra Teerã e contra as empresas com vínculos com a República Islâmica. Retomadas em agosto e em novembro, as sanções afetam especialmente os setores petroleiro e financeiro do Irã. / AFP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.