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ASSISTA: Assange conversa com ativistas sobre a Primavera Árabe

Em 17 de dezembro de 2010, Mohamed Bouazizi, um jovem tunisiano de 26 anos, ateou fogo ao próprio corpo. A auto-imolação, motivada pelo descontentamento com a situação geral das condições de vida no país, tornou-se símbolo de uma revolução que, posteriormente, se espalhou por outros países do Oriente Médio, numa série de eventos que ficaram conhecidos como "Primavera Árabe" - e que prossegue até hoje. Habitantes descontentes em várias nações seguiram o exemplo da Tunísia e articularam suas próprias mobilizações.

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Por redacaointer
Atualização:

Em meio às transformações no mundo árabe, dois nomes se destacam: Alaa Abd El-Fattah, blogueiro e ativista egípcio, e Nabeel Rajab, diretor do Centro de Direitos Humanos do Bahrein. Assange conversou com os dois ativistas para saber se eles acreditam que as manifestações foram bem sucedidas e também para entender o que os motiva a continuar lutando na linha de frente, mesmo sob forte repressão.

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Antes da entrevista, Alaa havia sido repetidamente detido sob acusações que dão inveja ao Super Homem: sabotagem e roubo de tanques, assassinatos, violência contra pelotões inteiros: "eu tinha uma boa reputação e moral na prisão. Algumas pessoas são presas por roubarem carros, mas eu fui acusado de roubar tanques", ironizou na conversa. Hoje ele continua impedido de viajar.

Rajab havia sido sequestrado, torturado e preso pela sua oposição ao governo do Bahrein, país no qual atua como diretor do Centro de Direitos Humanos, causa que defende desde a década de 90. Sobre a experiência de viver num país com uma revolução em curso, ele acredita que o custo que se paga pela liberdade é alto, "mas queremos pagar por mudanças pelas quais lutamos", diz. Um dia antes da entrevista, Rajab tuitou sobre a liberdade em sua conta no Twitter. Pouco depois, sua casa foi cercada por policiais armados e ele foi intimado a comparecer à Promotoria de Justiça para prestar esclarecimentos.

Radar Global publica semanalmente os episódios da série "O mundo amanhã", sempre às quartas-feiras. A Agência Pública é responsável pela adaptação para o Brasil da série, realizada pelo WikiLeaks em parceria com o canal russo RT. Os episódios serão exibidos semanalmente com legendas em português. Assista a seguir ao episódio desta semana.

 

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Na próxima semana, o blog publica o quinto episódio da série. Assange entrevista Moazzam Begg, que esteve preso em Guantánamo e atualmente é diretor do Cageprisoners.

Assista aos programas anteriores:

Assange entrevista Moncef Marzouki, ex-exilado e atual presidente da Tunísia

Assange entrevista Slavoj Zizek e David Horowitz

Hezbollah propôs à oposição síria negociar com Assad, diz líder.

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