Na prisão americana de Guantánamo, em Cuba, o quitute mais apreciado é a baclava, típico pastelzinho do Oriente Médio.
Ela é preparada pelos próprios "combatentes estrangeiros desleais", como são chamados pelo Pentágono os presos. Mesmo com as restrições impostas aos detentos, que não têm acesso a facas nem a nada que envolva fogo, é possível fazer a sobremesa - a massa vem semi-pronta da cozinha do centro de detenção.
Mas baclava é "privilégio" de alguns. Líderes do Taleban e da Al-Qaeda, isolados em campos com segurança reforçada e fora do alcance de jornalistas, têm de se contentar com a marmita regular. Esses "muito perigosos" desprovidos de baclava, entretanto, são minoria na prisão: cerca de 40 dos 183 detidos em Guantánamo.
O restante da população carcerária deverá, nos próximos meses e anos, ser submetida a julgamentos nos EUA ou seguir como refugiados para outros países. Enquanto aguardam na prisão caribenha, preparam o quitute.
Para eles a comida chega em caixotes pretos três vezes ao dia. Os detentos abrem os recipientes e preparam seus pratos.
O Estado não conseguiu apurar qual é a receita de baclava usada pelos presos. Em todo caso, achamos na internet uma que parece ser deliciosa. (Ótimas baclavas podem ser encontradas em vários restaurantes de São Paulo e outras cidades brasileiras)