LONDRES - O Big Ben, sino do relógio da Torre Elizabeth, no lado noroeste do Palácio de Westminster em Londres, será silenciado durante uma série de consertos urgentes em 2017, informou a Câmara dos Comuns na terça-feira.
Uma porta-voz parlamentar explicou que a famosa instalação, patrimônio mundial da humanidade, ficará sem soar e informar a hora "durante vários meses". As badaladas só ocorrerão "por eventos importantes".
Tanto o grande sino como o relógio e a própria torre devem ser reparados com urgência, pois há fendas e problemas estruturais que colocam sua sobrevivência em perigo, afirmou a porta-voz.
Cálculos apontam que o processo de reparação, que custará cerca de 29 milhões de libras (US$ 42 milhões), durará aproximadamente três anos. A reforma também incluirá uma renovação do mecanismo do relógio e mudanças nas cores para reproduzir o projeto original de Augustus Pugin em meados de século XIX.
Construída em 1856, a Torre Elizabeth, de 96 metros de altura, apresenta fendas e corrosão em seu telhado de ferro. A estrutura que suporta os sinos também deve ser substituída.
Será feito um elevador para melhorar o acesso ao local, ao qual só é possível chegar subindo 334 degraus, e as luzes que iluminam os ponteiros do relógio serão substituídas por outras de baixo consumo.
Tom Brake, deputado da comissão da Câmara dos Comuns, que supervisiona a restauração das casas do Parlamento, lembrou que a Torre Elizabeth, batizada assim em 2012 em homenagem à rainha Elizabeth II, é "um símbolo do legado democrático da Grã-Bretanha", por isso "deve ser preservada para futuras gerações".
"Estas obras são necessárias a curto prazo, mas servirão para preservar o Big Ben e assegurar sua sustentabilidade a longo prazo", explicou.
O responsável pelo relógio, Steve Jaggs, disse que, embora "uma equipe de mecânicos altamente qualificados cuidem diariamente do monumento, para que o relógio continue a informar a hora é preciso restaurá-lo".
"Este projeto nos permitirá dar a um dos monumentos mais conhecidos da Grã-Bretanha o cuidado que tão desesperadamente necessita e merece", disse. /EFE
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