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Campanhas na Venezuela chegam às redes sociais

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Por Redação Internacional
Atualização:

CARACAS - A campanha presidencial venezuelana começou oficialmente no domingo, 1, nas ruas e na internet. O presidente Hugo Chávez participou de uma carreata nos Estados de Carabobo e Aragua. Nas redes sociais, a campanha do líder bolivariano, que segundo a imprensa venezuelana foi planejada pela equipe do marqueteiro brasileiro João Santana, lançou o primeiro vídeo da corrida eleitoral (assista abaixo).

 

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Nos moldes das peças produzidas nas campanhas vitoriosas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e Dilma Rousseff, em 2010, o vídeo mostra cenas do cotidiano venezuelano, com um jingle de campanha feito com base no grito popular chavista "Uh! Ah! Chávez não se vá!" Em alto astral, a canção exalta as realizações do governo do bolivariano, como a redução da pobreza e a "conquista da independência" do país.  (ouça a seguir).

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No primeiro ato de campanha, Chávez fez uma carreata de Mariara, em Carabobo, até Maracay, no Estado de Aragua, onde fica a base na qual serviu como paraquedista do Exército. Após a carreata, o líder fez um discurso para a multidão que o acompanhou no qual também exaltou a redução da pobreza como seu principal trunfo eleitoral.

"Depois dos anos de revolução bolivariana, sobretudo os últimos seis, pudemos diminuir a pobreza, e isso foi reconhecido por organismos internacionais. Ela caiu pela metade e hoje está em cerca de 25%", declarou o presidente. "A nossa batalha é dura. Até 2019, temos de levar essa pobreza a zero. Não existirá pobreza, nem miséria na pátria de Bolívar."

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Em 2010, o principal mote eleitoral da presidente Dilma também foi a redução da pobreza conseguida durante os dois mandatos de Lula. A presidente prometeu durante a campanha erradicar a miséria. O atual slogan do governo federal é "País rico é país sem miséria".

 

Oposição. O principal rival de Chávez na campanha, Henrique Capriles, da Mesa de Unidade Democrática (MUD), participou de atos nos Estados de Bolívar e Zulia. A campanha de Capriles também é coordenada por marqueteiros brasileiros. No caso do opositor, o planejamento da campanha ficou a cargo de Renato Pereira e Chico Mendes, que já trabalharam com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Em Bolívar, Estado fronteiriço com o Brasil, na Amazônia venezuelana, Capriles prometeu se comprometer com os mais pobres e os esquecidos. "Me perguntaram aonde eu queria ir para começar a campanha. E disse que queria ir ao local mais distante", disse. Segundo analistas, em razão do câncer do qual se recupera, Chávez deve apostar em uma campanha mais voltada para os meios de comunicação, enquanto Capriles priorizará o contato corpo a corpo como maneira de diferenciar-se do presidente.

Com Efe

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