Redação Internacional
27 de março de 2014 | 15h10
Desde que se tornou uma república, o Egito já teve sete militares no comando. Deles, apenas Mohamed Morsi foi democraticamente eleito, após a revolução da Primavera Árabe que derrubou o ditador Hosni Mubarak.
Veja quais foram os presidentes:
– Mohamed Naguib (junho de 1953 – novembro de 1954):
Nascido no Sudão, Naguib liderou o Movimento de Oficiais Livresjunto com Gamal Abdel Nasser, que depôs o rei Farouk. Após a declaração da República, Naguib se tornou o primeiro presidente do Egito, mas menos de um ano e meio depois foi removido do cargo por Nasser.
– Gamal Abdel Nasser (novembro de 1954 – setembro de 1970):
Nasser ordenou a repressão à Irmandade Muçulmana, mandou prender Naguib em 1954 e assumiu o poder em 1956.
– Anwar Sadat (outubro de 1970 – outubro de 1981):
Da confiança de Nasser, Sadat se tornou o terceiro presidente do Egito e ficou no poder até ser assassinado durante uma marcha no Cairo.
– Hosni Mubarak (outubro de 1981 – fevereiro de 2011):
Após a morte de Sadat, Mubarak se tornou o presidente e governou o país em uma ditadura de quase 30 anos. Ele foi derrubado por uma revolução em 2011.
– Mohamed Hussein Tantawi (fevereiro de 2011 – junho de 2012):
Após a queda de Mubarak, um conselho de militares comandou o país por um ano e meio até a volta das eleições democráticas. Tantawi, que era o comandante em chefe do Exército, se tornou chefe do Conselho das Forças Armadas e comandou o Egito até a eleição de Morsi.
– Mohamed Morsi (junho de 2012 – julho de 2013):
Pertencente à Irmandade Muçulmana, Morsi se torna o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito. Com menos de um ano no poder, ele enfrenta uma forte oposição política e diversas manifestações contra seu governo começam a ocorrer. Com a piora da economia, um golpe militar tira Morsi do poder.
– Abdel Fatah al-Sissi (atual candidato à presidência):
O general Sissi assumiu o poder no Egito após o golpe militar que liderou contra Morsi. Na quarta-feira 26, Sissi anunciou que irá concorrer à presidência do país.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.