NOVA YORK - A questão da imigração é um dos principais temas nas campanhas dos pré-candidatos à Casa Branca, especialmente no caso dos republicanos após o fortalecimento de Donald Trump e, consequentemente, de seu discurso extremista que propõe a construção de um muro na fronteira com o México e a proibição de entrada de muçulmanos no país.
Influenciado por essa polêmica, voltou a circular nesta semana a história do símbolo máximo da imigração americana, a Estátua da Liberdade, que foi concebida originalmente para ser árabe. A obra dada aos EUA pelos franceses retratando uma deusa romana era, inicialmente, uma representação do Egito, afirma o estudioso Barry Moreno, autor do livro "The Statue of Liberty (Images of America)" ("A Estátua da Liberdade - Imagens dos EUA", em tradução livre).
O design da escultura, foi criado pelo artista francês Frédéric Auguste Bartholdi para um farol que ele propôs em 1869 para ser construído na foz do Canal de Suez e recebeu o nome de "o Egito levando a luz para a Ásia."
O farol teria a forma de uma mulher segurando uma tocha na mão. Os esboços de Bartholdi foram inspirados pelo farol Pharos de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo. No entanto, a construção do Canal de Suez foi muito mais cara do que o previsto e o Egito abandonou a ideia de construir o farol.
Anos depois, o artista francês repaginou seu design original resultando em sua obra-prima, concluída em Nova York em 1886. / NYT