Integrantes da comunidade judaica de Buenos Aires, na Argentina, participam nesta segunda-feira, 18, de ato em memória aos dezessete anos desde que 85 pessoas foram mortas no pior atentado terrorista que a América Latina já sofreu. Às 9h53 da manhã do dia 18 de julho de 1994 um carro-bomba explodiu diante da sede da principal entidade judaica do país, a Amia (Asociación Mutual Israelita Argentina).
Além dos 85 mortos, centenas de pessoas ficaram feridas. Ano após ano, os familiares das vítimas - judeus e não judeus - pedem Justiça, como fizeram nesta segunda. Como relata o correspondente do estadão.com.br em Buenos Aires Ariel Palacios, o então presidente Carlos Menem prometeu punir os responsáveis. "Desta vez pegaremos os culpados", ele disse em 1994.
"As palavras de Menem jamais foram cumpridas. Nem por ele, nem por seus sucessores", escreve Palacios. No fim de semana, a chancelaria do Irã - país acusado de envolvimento no ataque - disse que Teerã está "preparado para cooperar com a Argentina" para esclarecer o atentado.
Pouco mais de dois anos antes, em 1992, um outro atentado, contra a Embaixada israelense em Buenos Aires, deixara 29 mortos e 242 feridos.
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