Idealizado em 2006, o projeto pretendia mostrar um lado mais cândido e menos político de figuras poderosas como o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, a presidente argentina, Cristina Kirchner, e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. Foi somente em 2009, no entanto, que Platon conseguiu realizá-lo.
Após uma série de obstáculos burocráticos e um longo período de negociação com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, Platon conseguiu a autorização que precisava para fazer grande parte da série de retratos: em setembro montou um pequeno estúdio no térreo do prédio das Nações Unidas em Nova York e fotografou o máximo de líderes cujo atenção conseguiu, reunidos ali por causa da Assembleia Geral.
Muitas das fotografias, a maioria em preto e branco, foram tiradas no improviso, e são retratos em detalhe de diversos líderes como o ditador líbio Muamar Kadafi, morto no ano passado, ou o ex-presidente do México, Felipe Calderón. Estão todas, atualmente, em exibição na feira mundial de fotografia Photokina, na cidade de Colônia, Alemanha.
Fotógrafo residente da revista New Yorker, Platon nasceu em Londres e foi criado na Grécia e na Inglaterra. Ganhou vários prêmios por seu trabalho, entre eles o primeiro lugar na World Press Photo Contest, por uma capa da revista Time, na qual retratava Vladimir Putin. Atualmente, o fotógrafo vive em Nova York com a mulher e as filhas.