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Guardadas há dois séculos, jóias de Maria Antonieta serão exibidas em Nova York

Visitantes da exposição poderão tocar e experimentar peças que pertenceram à última rainha da França; Mostra é prévia para um leilão

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Por Redação Internacional
Atualização:

NOVA YORK - Polêmica e impopular na França do século 18, Maria Antonieta ficou conhecida, dentre outras peculiaridades, por gastar fortunas em jóias enquanto a população amargava a crise econômica e social que culminou na Revolução Francesa. As peças, que já causaram tanta discórdia, passaram dois séculos com a família da rainha e serão exibidas a partir desta terça-feira, 16, em Nova York, onde os visitantes poderão ver e experimentar brincos, pingentes e tiaras da realeza.

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As jóias serão expostas no salão da sociedade de vendas por leilão Sotheby's, em Manhattan, como uma prévia para serem leiloadas no dia 14 de novembro.

"Não posso imaginar peças mais importantes vindo a leilão a menos que alguma da rainha Elizabeth I fique disponível e isso não vai acontecer", disse Frank Everett, diretor de vendas da divisão de luxo e estilo de vida da Sotheby's.

Quando foi presa em 1793, no auge da revolução, Antonieta embrulhou as peças e as enviou disfarçadamente para a Áustria, onde permaneceram com sua família passando por gerações. Até agora.

"As nossas exposições estão abertas para o público. Qualquer pessoa pode chegar e olhar essas peças, até mesmo experimentá-las", ressalta Everett, que considera a experiência uma forma de "caminhar pela história".

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Dentre as peças que ficarão expostas no salão da Sotheby's ao longo dos próximos dias estão: o pingente de diamantes e pérola natural (avaliado entre US$1 e US$2 milhões); o brinco de diamantes que ainda contém uma mecha de cabelo da rainha (cujo valor estimado é de U$S 20 a US$ 50 mil) e uma tiara cintilante (US$350 mil a US$ 550 mil).

O cineasta Philippe Tremblay-Berberi, que vive no Brooklyn, participou de uma prévia da exibição para imprensa e conta que pretende reviver a experiência no fim de semana com sua namorada.

"Para mim, é um interesse histórico", destaca. "São as jóias da última rainha da França. Foram levadas para a Áustria e continuaram lá quando sua filha apareceu. Essas peças sobreviveram à guilhotina", contextualiza o cineasta em referência à morte trágica que a rainha teve após ser presa no decorrer da revolução.

'Realeza' americana também tem jóias expostas

E se para algumas pessoas pode ser difícil ignorar a história que permeia as peças da rainha, também estarão disponíveis jóias que retratam o glamour americano do século 20 e podem ser mais divertidas.

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As donas das peças cravejadas de diamantes, rubis, esmeraldas e safiras que representam a versão americana da realeza são Happy Rockefeller e Barbara Sinatra.

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A primeira viveu até 2015 e era segunda esposa de Nelson Rockefeller, que já foi vice-presidente dos Estados Unidos e governador de Nova York. A modelo e atriz Barbara, por sua vez, foi a quarta e última mulher de Frank Sinatra.

Delas, os visitantes da exposição poderão provar um colar coberto com safiras, esmeraldas e diamantes (avaliado entre US$ 60 mil e US$ 80 mil) usado por Rockfeller durante a campanha com seu marido ou o bracelete de rubis e diamantes de Sinatra (US$150 mil a $250 mil).

No caso das jóias nova-iorquinas, a exposição também é uma prévia para o leilão que está marcado para o dia 4 de dezembro. / THE NEW YORK TIMES 

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