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Lei de imigração gera debate sobre crimes raciais no Arizona

Juan Varela, um americano de ascendência mexicana de 44 anos, foi morto em frente à sua casa por um vizinho, no mês passado. Seu irmão, que testemunhou o crime, diz que o suspeito, Gary Kelley, branco, gritava 'volte para o México', na hora do crime. Pessoas próximas ao acusado, no entanto, dizem que ele nunca havia apresentado um comportamento racista.

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Por Luiz Raatz
Atualização:

Segundo o Los Angeles Times, a procuradoria do condado agregou à acusação de homicídio duplamente qualificado uma outra de crime de ódio.

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Para a polícia do Arizona, isto é uma amostra de como os incidentes no Estado passarão a ser vistos sob o prisma da nova lei SB 1070, que endurece as regras de imigração.

"Quando isto aconteceu todo mundo disse que era sobre a lei", disse Tommy Thompson, porta-voz da polícia de Phoenix sobre o crime.

Segundo o jornal, a polícia estadual ainda estuda como fazer para lidar com o problema. A nova postura prevista pela lei, de empurrar imigrantes ilegais para fora do Estado, pode gerar um efeito psicológico em imigrantes legalizados, como a família Varela, de que eles também não seriam bem-vindos.

De acordo com a polícia, Kelley disse em juízo não ser racista de nenhuma maneira. "Amo todas as pessoas, brancas, negras ou hispânicas", afirmou.

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Para Lydia Guzman, uma proeminente ativista pelo direitos dos imigrantes disse que as entidades do ramo estão atentas à situação. "Esse cara não foi morto por ser latino. Temos de ser extremamente cautelosos".

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