Redação Internacional
11 de abril de 2018 | 10h56
Ao alertar a Rússia sobre o iminente ataque americano a alvos na Síria, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira, 11, que usará mísseis ‘lindos, novos e inteligentes’.
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De acordo com as informações disponíveis até o momento, no entanto, tanto o destroier USS Donald Cook quanto o USS Porter, ambos posicionados no Mar Mediterrâneo e em condições de atacar alvos na Síria, estão carregados com cerca de duas dúzias de mísseis Tomahawk cada.
EUA lançaram mísseis Tomahawk em 2017 contra base aérea síria; embarcações em condições de ataque no Mediterrâneo estão equipadas com o mesmo armamento (Robert S. Price/Courtesy U.S. Navy/Handout via REUTERS)
Esse é o mesmo armamento usado pelos EUA no ano passado, quando 59 mísseis foram disparados contra uma base aérea também na Síria. Os Tomahawk são uma arma estratégica para quando o Pentágono quer atacar de longa distância. Essa arma, que integra o arsenal bélico dos EUA desde a Guerra do Golfo em 1991, pode carregar até 453 kg de ogivas.
O Tomahawk, uma das armas mais avançadas do arsenal americano, é um míssil de 5,53 metros de comprimento e 53 centímetros de diâmetro, que voa a 919 km/h e, em sua versão convencional, pode alcançar um alvo situado a 576 quilômetros de distância.
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Uma das maiores vantagens do Tomahawk é que ele não requer um piloto: pode ser lançado de bases navais, o que é estratégico quando se enfrenta as defesas antiaéreas dos inimigos. O preço de cada um se situa entre US$ 1 milhão e US$ 1,4 milhão, segundo estimativas da imprensa americana.
Outras opções
No momento, o Pentágono não conta com nenhum porta-aviões posicionado na região, o que limita as opções de ataque dos EUA.
Uma opção seria utilizar a embarcação de transporte anfíbio USS New York, também nas imediações, de onde poderiam partir helicópteros com tropas e embarcações com Marines. O uso de tropas americanas em solo americano, no entanto, é visto como uma das mais improváveis opções por especialistas.