Estado - O que mudou na prisão de Guantánamo desde que o presidente Barack Obama foi eleito? Bradley Fagan - Não sei se alguma coisa especifica mudou. Nós continuamos a levar adiante nossa missão, que é a de garantir condições seguras, humanas, legais e transparentes para a custódia dos nossos detentos. Fazemos isso todos os dias. E estamos preparados para continuar nossa missão mesmo se nos falarem que o complexo de detenção será fechado no próximo ano ou no próximo mês. Isso não nos importa.
Portanto seus é possível dizer que Guantánamo é a mesma sob Obama do que sob o ex-presidente George W. Bush. Acho que sim. Em relação às operações do dia a dia, nada mudou. A prioridade continua ser tratar os detentos de maneira humana, dando a eles acesso a auxílio médico e esse tipo de coisa, até que a agência responsável decida se eles serão soltos ou irão a julgamento em uma corte militar.
E como o sr. reage às várias acusações de maus-tratos e tortura de presos envolvendo Guantánamo? Não sei se minha reação importa. Só posso dizer que maus-tratos e abusos não ocorreram em Guantánamo.
O sr. garante que nunca houve casos de abusos na prisão? Não tivemos esses casos. Se você ler o relatório Walsh (documento feito pelo almirante Patrick Walsh, o qual conclui que as condições de Guantánamo estão de acordo com as Convenções de Genebra) verá que há relato de algumas práticas que podem não ter sido as mais confortáveis para alguns presos. Mas isso já foi corrigido.