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Medidas tomadas pela Venezuela para economizar energia

A grave seca que atinge o país, associada ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, forçou o governo de Nicolás Maduro a tomar medidas emergenciais para evitar apagões

Por Redação Internacional
Atualização:

Em razão da grave seca que atinge a Venezuela, onde os principais reservatórios hídricos do país estão em estado crítico, o governo anunciou durante o mês de abril uma série de medidas para tentar conter o gasto energético e evitar apagões.

A situação enfrentada pelo governo de Nicolás Maduro é tão crítica que o reservatório de Guri, em Caracas, responsável pelo fornecimento de 70% da energia consumida do país, está apenas 1,5 metro acima do nível mínimo de operação e especialistas dizem que no atual ritmo de consumo o reservatório tem pedido cerca de 10 cm por dia.

Estabelecimentos comerciais na Venezuela reduziram horários de funcionamento em razão da falta de energia  

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Saiba quais são as principais mudanças anunciadas por Maduro:

- Sexta-feira como dia de folga No começo de abril, o presidente Nicolás Maduro estabeleceu, por meio de decreto que todas as sextas-feiras seriam "dias não laborais" durante os meses de abril e maio para o setor público. Maduro não detalhou, porém, se a medida é obrigatória também para o setor privado. Além disso, a carga horária de trabalho em ministérios e empresas públicas foi reduzida durante a semana para 6 horas. A jornada também foi suspensa neste dia nos centros educativos dos níveis inicial, médio e básico.

- Suspensão do trabalho nas quartas e quintas-feiras Desde a quarta-feira, 27, os funcionários dos poderes Judicial, Eleitoral e Cidadão do país também foram dispensados de trabalhar às quartas e quintas-feiras, "com exceção das tarefas fundamentais e necessárias", segundo o anúncio oficial.

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- Racionamento Em razão do baixo nível do reservatório Guri, que fornece 70% da energia do país, o governo decretou o racionamento de energia em praticamente metade da Venezuela. Foram afetados os Estados de Zulia, Carabobo, Aragua, Lara, Bolívar, Miranda, Barinas, Monagas e Falcon. Além disso, a Venezuela também passou a exigir dos grandes consumidores, como shoppings e hotéis, que gerem sua própria energia.

- Mudança de fuso horário A partir de 1º de maio os relógios no país serão adiantados em 30 minutos, voltando para o fuso horário de quatro horas a menos em relação ao meridiano de Greenwich (-4 HORAS GMT) para tirar proveito da luz do dia. Desde 2007 a Venezuela estava no fuso de quatro horas e meia (-4h30H GMT), medida tomada pelo então presidente Hugo Chávez para "aumentar a sensação de descanso e provocar maior rendimento laboral e estudantil".

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