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No Dia da Mulher, Venezuela tem escassez de anticoncepcionais

Falta da pílula nas farmácias venezuelanas chega a 90% nos primeiros meses de 2016

Por Redação Internacional
Atualização:

Uma estimativa da Federação Farmacêutica da Venezuela (Ferfaven) publicada pelo jornal El Universal estima que a escassez de pílulas anticoncepcionais no país chega a 90% nos primeiros meses de 2016. O índice é superior à falta de remédios comuns, calculada em 80% pela mesma entidade, e contribui para a alta de gravidez precoce no país, segundo ONGs que acompanham a saúde sexual dos venezuelanos.

A situação se deteriorou no último ano, de acordo com a Ferfaven. Em 2015, a escassez da pílula era estimada em 45,2%. O método era o preferido das venezuelanas em virtude de seu baixo custo e pelo fato de no país não ser requerido receita médica para comprar as pílulas.

Farmácia em Caracas tem poucos remédios Foto: REUTERS/Marco Bello

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Com a escassez de reserva em moeda forte na Venezuela a partir de 2013, no entanto, o governo passou a restringir o acesso dos importadores de remédios à moeda americano, o que agravou a escassez de remédios no país, entre eles os anticoncepcionais, que custavam em média 6 bolívares.

Para a Associação Civil de Planejamento Familiar (Plafam), não há dúvidas de que a escassez da pílula contribui para o aumento da gravidez precoce no país. Segundo a ONU, a Venezuela é líder no quesito na América Latina e no Caribe, com uma taxa de 101 recém-nascidos para cada mil adolescentes.

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