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O discurso autoritário de Donald Trump

Por Redação Internacional
Atualização:
O pré-candidato republicano Donald Trum participa de um evento de campanha em Washington Foto: AFP PHOTO / Brendan Smialowski

A controvertida campanha do magnata Donald Trump à presidência americana abalou o establishment do Partido Republicano e chocou parte do eleitorado do país em virtude do discurso agressivo do pré-candidato. O site Vox listou as semelhanças entre as ideias de Trump e a de líderes autoritários ao redor do mundo. Veja1. Usar partidários violentos para intimidar a oposição

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"Se vocês virem alguém pronto para nos atirar um tomate, por favor encham ele de porrada, OK? Apenas batam nele e eu prometo que arcarei com os custos legais".

Nas últimas semanas, Trump tem incitado seus eleitores para agredir fisicamente eleitores de outros candidatos. A medida é comum entre líderes autocráticos como o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, que há algumas semanas atrás mandou seis carros com partidários da sua legenda, o Zany PF, atacar um comício da oposição.

Robert Mugabe, presidente do Zimbábue, chamou de 'vandalos' os responsáveis pela morte do leão Cecil em discurso no Dia do Heróis qu foi transmitido pela TV Foto: AP Photo/Tsvangirayi Mukwazhi

2. Dizer que seus rivais são inimigos do Estado

"Esses manifestantes perceberam que seus atos não terão consequências. Essas pessoas fazem mal ao nosso país. Vocês não têm ideia" A estratégia de comparar manifestantes e opositores a inimigos do Estado foi usada no Egito por Hosni Mubarak, na Primavera Árabe antes de ser deposto. Trump também foi um dos idealizadores do movimento "birther", que tentava provar que Barack Obama havia nascido no Quênia, e portanto, seria um agente estrangeiro.

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Na sala oval, Obama e Mubarak se encontram no dia 1º de setembro de 2010 Foto: Susan Walsh/AP

3. Intimidar a imprensa

"A imprensa é ilegítima, uma escória"

Trump frequentemente questiona a cobertura da imprensa e usa palavras duras contra os meios de comunicação. Algo comum em líderes de países como a Rússia e o Usbequistão, que veem na imprensa um inimigo. Trump também frequentemente ameaça processar jornalistas por cobertura negativa, medida já tomada pelo governo do Equador, por exemplo

Presidente do Equador, Rafael Correa, conversa com jornalistas Foto: Misha Friedman/The New York Times

4. Sugerir que se a eleição não sair do seu jeito, haverá violência

"Se não conseguirmos vencer na convenção, acredito que haverá tumultos"

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Em entrevista à CNN, Trump afirmou que se perder a nomeação, seus seguidores podem tornar-se violentos. A mesma estratégia foi usada na Venezuela, pelo presidente Nicolás Maduro, antes da derrota do chavismo nas eleições parlamentares do ano passado

Maduro participa de ato político em Caracas ao lado do Ministro da Defesa, Vladimir Padrino López (D) e do vice-presidente executivo, Aristóbulo Istúriz Foto: REUTERS/Miraflores Palace
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