Apesar da retomada de laços diplomáticos entre Cuba e Estados Unidos, com a reabertura de embaixadas nas capitais do dois países, a normalização das relações, iniciada em dezembro, só estará completa quando os americanos derrubarem o embargo econômico imposto à ilha há mais de 50 anos.
Nesse sentido, o presidente Barack Obama já pediu mais de uma vez que o Congresso comece a analisar a possibilidade, mas diante da maioria republicana tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados, essa será uma batalha difícil.
Mas essa não é a única condição imposta pelos cubanos para que Havana e Washington tenham uma relação plena. O governo socialista também exige a devolução da Baía de Guantánamo e o pagamento de indenizações referentes aos prejuízos decorrentes do embargo em vigor desde 1961.
Sobre Guantánamo Obama não se pronunciou, mas funcionários do alto escalão do governo dos EUA já disseram que o tema não está em discussão, uma vez que a conquista da região é resultado da vitória dos americanos frente à Espanha - que colonizava Cuba - em uma guerra naval no fim do século 19.
Não há uma estimativa do valor pretendido por Cuba em indenizações, mas uma das cifras mencionadas pela imprensa oficial ronda os US$ 100 bilhões. Em artigo publicado na mídia estatal em agosto, Fidel Castro defendeu a necessidade da reparação econômica por parte dos americanos (os EUA também exigem uma reparação de Cuba para empresas e cidadãos americanos que tiveram bens expropriados pela Revolução de 1959, mas num valor bem menor, de aproximadamente US$ 8 bilhões).