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O que se sabe até agora sobre os atentados terroristas na Espanha

Dois dos mortos já foram identificados, um italiano e uma belga; número de feridos aumentou para 130, sendo que 17 estão em estado crítico

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Por Redação Internacional
Atualização:

BARCELONA, ESPANHA - Ao menos 14 pessoas morreram e 130 ficaram feridas nas cidades catalãs de Barcelona e Cambrils, em dois atropelamentos atribuídos a terroristas, em mais um episódio contra a Europa relacionado a grupos extremistas islâmicos.

+ Acompanhe a cobertura ao vivo do atentado

Veja o que se sabe até agora sobre os casos.

Uma van atropelou pedestres nas Ramblas, uma via de Barcelona bastante frequentada pelos turistas espanhóis e estrangeiros ( Foto: AP Photo/Manu Fernandez)

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Atropelamento em Barcelona

Às 17h (12h em Brasília), uma van atropelou pedestres nas Ramblas, uma via de Barcelona bastante frequentada pelos turistas espanhóis e estrangeiros. As testemunhas descreveram as cenas de caos e pânico entre os transeuntes. O número de mortos pode aumentar em razão da gravidade dos ferimentos das vítimas. A autoria do ataque foi reivindicada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), mas as autoridades ainda não confirmaram o envolvimento.

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Ataque em Cambrils

Horas após o ataque em Barcelona, uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas - incluindo um policial - na madrugada desta sexta-feira, 18, quando um veículo foi atirado contra a multidão na turística localidade de Cambrils, a 120 km ao sul de Barcelona. Quatro suspeitos foram mortos no confronto com a polícia e o quinto morreu no hospital. Os supostos terroristas circulavam em um Audi A3 e atropelaram diversas pessoas até baterem em um carro da Mossos d'Esquadra (polícia regional da Catalunha), dando início ao tiroteio. Alguns carregavam "cinturões com explosivos", mas segundo o líder da região, Carles Puigdemont, eles eram falsos.

Vítimas

A Agência Espanhola de Proteção Civil divulgou um balanço provisório indicando que há vítimas de 34 nacionalidades entre mortos e feridos. As autoridades detalharam que entre os afetados há cidadãos da Alemanha, Argélia, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, China, Colômbia, Cuba, Egito, Espanha, EUA, Equador, Filipinas, França, Reino Unido, Grécia, Holanda, Honduras, Hungria, Irlanda, Itália, Kuwait, Macedônia, Marrocos, Mauritânia, Paquistão, Peru, República Dominicana, Romênia, Taiwan, Turquia e Venezuela. Até o momento, 17 feridos estão em estado crítico e 32 em condições graves.

Identificação

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Dois dos mortos já foram identificados. Um deles é o italiano Bruno Gulotta, pai de duas crianças que estava de férias com a família, e a outra é Elke Vanbockrijck, belga de 44 anos.

 

 

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Suspeitos

Quatro suspeito ligados ao ataque em Barcelona foram detidos, um espanhol e três marroquinos. Contudo, segundo o jornal The New York Times, nenhum deles é acusado de ser o motorista da van. Um dos cidadãos do Marrocos é Driss Oukabar, que se entregou à polícia em Ripoll, cidade próxima a Barcelona. Ele alegou que seus documentos, encontrados no veículo utilizado no ataque, foram roubados e seu irmão mais novo, Moussa Oukabir, de 18 anos, seria o responsável. Os agentes de segurança seguem em busca dele.

A polícia vê relação entre os atropelamentos em Barcelona e Cambrils, e liga os dois casos a uma explosão ocorrida na madrugada de quinta-feira em Alcanar, 200 km ao sul da capital catalã.

Histórico

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A Espanha foi o alvo do pior atentado extremista na Europa em março de 2004, quando uma dezena de bombas explodiram nos trens nos arredores de Madri, deixando mais de 190 mortos. A autoria dos ataques foi reivindicada por uma célula islamista radical em nome da Al-Qaeda. Em julho de 2015, um homem armado atirou em frente a um hotel de Barcelona, deixando dois feridos. / AFP, REUTERS e THE NEW YORK TIMES

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