WASHINGTON - O Dia de Ação de Graças, comemorado nesta quinta-feira, 26, é um dos feriados mais importantes dos EUA. Celebrado na última quinta de novembro, a data remonta aos primeiros anos da colonização, no início do século 17, quando os europeus agradeceram a Deus pela abundância nas colheitas e pela assistência prestada pelos povos indígenas da região nordeste do país.
Na quarta-feira, o presidente americano Barack Obama "perdoou" um peru, prato típico do Dia de Ação de Graças, como parte de uma tradição da Casa Branca.
"Os Estados Unidos são, depois de tudo, o país das segundas oportunidades. Este peru ganhou o direito de passar o restante de sua vida de maneira confortável", disse Obama, em uma cerimônia realizada nos jardins da Casa Branca na presença do peru apelidado com o nome Abe.
"Alguns acham que essa tradição é um pouco absurda. Eu também, mas aprecio a oportunidade para desejar um feliz dia de Ação de Graças" a todos os americanos, afirmou.
O presidente, que cumpriu o ritual pela sétima vez, agradeceu suas duas filhas adolescentes, Malia e Sasha, por estarem novamente a seu lado. "Só fazem isso para me agradar, não porque acham que é algo que deveriam fazer", contou Obama.
Esta foi a 68ª cerimônia de "perdão" ao peru. A Federação Nacional dos Criadores de Aves oferece um peru ao presidente a cada ano desde o mandato do presidente Harry Truman, após a Segunda Guerra Mundial.
Confusão. O peru "perdoado" por Obama recebeu o nome de Abe como uma homenagem ao ex-presidente Abraham Lincoln. Mas uma tradução falha na imprensa da China confundiu o apelido com o sobrenome do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, cuja pronúncia é diferente.
Vários comentários feitos pelos chineses em redes sociais mencionavam uma comparação entre o premiê e o animal.
Muitos chineses desprezam Abe em razão de suas visitas a um santuário de guerra visto como um símbolo do antigo militarismo do Japão, que inclui uma brutal ocupação de vários territórios da China durante a Segunda Guerra Mundial.
A tradução falha foi publicada pela estatal Rádio Internacional da China. /AFP e ASSOCIATED PRESS